Sem energia suficiente, Noroeste de MG pode perder investimento, alerta Lud Falcão
A deputada estadual Lud Falcão (PODE) alertou nesta segunda-feira (4/9) para a possibilidade de fuga de investimentos do agronegócio no Noroeste de Minas caso a Cemig não consiga suprir as demandas de energia elétrica da região. “Estive aqui pelo menos três vezes para conversar com os produtores rurais sobre os problemas de distribuição de energia e alguns deles se mostraram decepcionados e manifestaram a intenção de transferir seus negócios para a região de Cristalina, em Goiás. Disse a eles para não fazer isso e me comprometi a atuar para resolver essa deficiência, o que tenho feito desde então”, disse Ludimila Falcão.
A afirmação da deputada, representante do Alto Paranaíba e do Noroeste de Minas no parlamento mineiro, foi feito na abertura da audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa em João Pinheiro, justamente para debater a atual situação da rede de distribuição da Cemig, as necessidades da população e os planos de expansão para a região. “No Noroeste nós temos topografia, temos recursos hídricos, temos mão de obra e gente disposta a trabalhar e a fazer o Noroeste crescer, mas não temos energia elétrica”, afirmou Lud Falcão.
“Devem ser produzidas 380 milhões de toneladas de grãos no Noroeste neste ano. Entretanto, sem energia elétrica suficiente para atender as demandas, os produtores perdem competitividade e ficam em posição inferior em comparação com os concorrentes de outras regiões. É uma conta simples. Para cada R$ 3 que um produtor do Noroeste investe na compra de óleo diesel para funcionamento dos geradores, ele poderia economizar R$ 2 com o uso de energia elétrica, gastando apenas R$ 1. Este custo adicional interfere diretamente na diminuição da competitividade e na redução dos investimentos”, destacou Ludimila Falcão.
Ela lembrou as potencialidades da região como a nova fronteira agrícola de Minas Gerais e destacou as dificuldades que precisam ser superadas para incentivar o crescimento do agronegócio. “Quando estive aqui a primeira vez, ainda na campanha eleitoral, me falaram que pivô de irrigação no Noroeste funciona igual pisca-pisca, liga um e desliga 10, justamente pela insuficiência da rede de distribuição da Cemig. É preciso atuar para melhorar a qualidade de vida dos produtores e estou ao lado deles nesta demanda.” Ludimila Falcão lembrou que há um mês se reuniu com o presidente da Cemig, Reynaldo Passaneli Filho, quando tomou conhecimento dos investimentos da empresa para o Noroeste de Minas.
“Sei que a Cemig está investindo. Conheço os planos de investimento até 2024. No final do ano serão entregues duas subestações no Noroeste. Em 2024, serão mais duas subestações que entrarão em operação, totalizando 64 megawatts, mas ainda é insuficiente para as demandas da região. O que o agronegócio do Noroeste precisa é de planejamento por parte da Cemig, para que o setor planeje os seus investimentos. Conheço bem a vontade política do governador Romeu Zema em favorecer o desenvolvimento do agronegócio e assegurar fornecimento de energia elétrica suficiente para que este objetivo seja alcançado. Estamos trabalhando para isso.”